Histórico da OPM

Olimpíada Pessoense de Matemática é uma atividade realizada pelo Departamento de Matemática do CCEN – Centro de Ciências Exatas e da Natureza – da Universidade Federal da Paraíba, sendo atualmente um projeto de extensão. Teve início no ano de 1990, sob a coordenação do Professor Carlos Alberto Braga, e era dirigida aos alunos do Ensino Médio. Foi inspirada na Olimpíada Brasileira de Matemática, tradicional competição realizada pela primeira vez em 1979, através dos esforços da Sociedade Brasileira de Matemática.

No ano de 1992, o projeto foi ampliado para a última série do Ensino Fundamental, sendo realizada anualmente até 1996. Por conta de aposentadorias e afastamentos de professores do departamento, o projeto sofreu solução de continuidade, não sendo realizada entre 1997 e 1999.

O ano de 2000 marcou o reinício desta atividade realizada pelo Departamento de Matemática, sendo que a Olimpíada Pessoense de Matemática 2000 destinou-se ao nível de 7ª e 8ª séries da rede pública e privada do Ensino Fundamental de João Pessoa.

Infelizmente, devido à greve que tomou conta das Universidades Federais durante o segundo semestre do ano de 2001, a OPM não foi realizada naquele ano. Contudo, vem sendo realizada de maneira ininterrupta desde 2002, experimentando diversas mudanças de formato e de filosofia ao longo de todos esses anos.

A OPM 2002 foi realizada em 2 fases. A primeira, de caráter classificatório, contou com a participação de 12 escolas e um total de 538 alunos, nos níveis 1 (5ª e 6ª Séries do Ensino Fundamental), nível 2 (7ª e 8ª Séries do Ensino Fundamental) e nível 3 (Ensino Médio). A fase final contou com a participação de 9 escolas e um total de 122 alunos nos níveis 1, 2, e 3.

Nos anos de 2003 e 2004 a Olimpíada Pessoense de Matemática (OPM) utilizou o ponto de corte da 1ª fase da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) para a sua classificação.

É importante destacar que em 2004 realizou-se a 1ª Olimpíada Pessoense de Matemática das Escolas Públicas, que contou com a participação de 8 escolas e foi realizada em duas fases para alunos dos níveis 1 e 2. Participaram da 1ª fase 261 alunos e da 2ª fase 115 alunos. A 1ª fase foi aplicada nas escolas e corrigida no DM – UFPB por todos os professores envolvidos no evento. Já a 2ª fase foi aplicada na Central de Aulas da UFPB e corrigida no DM – UFPB por todos os professores envolvidos no evento.

Salientamos que durante o desenvolvimento deste projeto realizou-se um mini-curso de Resolução de Problemas para os professores de escolas públicas que participaram deste projeto durante o período de setembro a novembro de 2004, contando com a colaboração dos professores Rogéria Gaudencio do Rêgo (DM – UFPB), Rômulo Marinho do Rêgo (DM – UEPB) e Ramón Mendoza (DM – UFPE). Tal projeto viria a ser embrião das Oficinas de Matemática, sendo estas destinadas aos estudantes.

Durante os anos 2005 e 2006, a OPM foi realizada em duas fases. A primeira, chamada de classificatória, utilizava o ponto de corte da 1ª fase da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM); e a segunda fase constava de provas discursivas, elaboradas e corrigidas pela Comissão da Olimpíada de Matemática do Departamento de Matemática da UFPB. Foi em 2006 que a versão impressa da prova ganhou seu primeiro cabeçalho.

A Olimpíada Pessoense de Matemática 2007 também foi realizada em duas fases: a primeira fase contou com a participação de 39 escolas (13 particulares e 26 públicas) e um total de 3214 alunos, nos níveis 1 (atuais 6º e 7º anos do Ensino Fundamental), nível 2 (atuais 8º e 9º anos do Ensino Fundamental) e nível 3 (Ensino Médio), enquanto a fase final contou com a participação de 32 escolas (6 particulares e 26 públicas) e um total de 319 alunos nos níveis 1, 2 e 3.

A partir de 2008, a Olimpíada Pessoense de Matemática foi realizada em uma única fase dividida em duas categorias: uma destinada às escolas públicas e outra às escolas particulares. Cada uma das categorias foi subdividida em três níveis de participação: Nível 1, com estudantes do 6º e 7º anos do atual Ensino Fundamental II; Nível 2, com estudantes do 8º e 9º anos do atual Ensino Fundamental II; e Nível 3, destinado aos estudantes do Ensino Médio, incluindo estudantes de cursos técnicos integrados ao currículo escolar. Em 2008 e 2009 foram elaboradas provas distintas para instituições públicas e privadas de ensino, prática descontinuada em 2010.

Até 2012, as provas de Fase Única da OPM possuíam seis questões. Em 2013, este número foi diminuído para cinco, permanecendo assim até os dias atuais. Outras mudanças estruturais ocorreram nos anos seguintes: em 2016, a lendária logomarca da OPM apareceu impressa pela primeira vez nas folhas de provas; em 2017, as inscrições deixaram de ser por fichas entregues ao Departamento de Matemática e passaram a ser 100% online, reduzindo significativamente o tempo de espera para a divulgação das listas de inscritos. Outra novidade que veio para ficar foi a inclusão das Oficinas de Matemática no cronograma do projeto de extensão: aulas ministradas por bolsistas e voluntários do projeto, em sua maioria estudantes dos cursos de Matemática da UFPB, para estudantes de todas as idades nas manhãs de sábado.

Em 2019, além da mudança da tradicional logomarca para um símbolo que remete mais diretamente à cidade de João Pessoa – o Farol de Cabo Branco, a Olimpíada Pessoense de Matemática passou a utilizar o Instagram como principal meio de divulgação, um dos fatores responsáveis pelo aumento da quantidade de inscritos em relação ao ano anterior. Foram 1117 estudantes regularmente inscritos, com 615 estudantes presentes. Pela primeira vez na história, foram reservados três blocos da Central de Aulas da UFPB para acomodar os estudantes, além de ser escalada uma equipe de apoio com mais de 70 membros para fiscalizar a realização da prova.

As expectativas para os próximos anos são muitas, mas os objetivos ainda são os mesmos: divulgar a Matemática de forma lúdica e descontraída através das Oficinas de Matemática, estimular o ensino e a aprendizagem de Matemática a alunos e professores e estreitar laços entre a Universidade e a comunidade local. Mais do que um projeto de extensão, a OPM se tornou uma data de relevância para estudantes e instituições de ensino da Grande João Pessoa e até de outras cidades do estado, como Sobrado, Guarabira e Sousa. Quem sabe, em um futuro não muito distante, o P deixe de significar Pessoense e passe a significar Paraibana na sigla?


Atenciosamente,

Equipe OPM.